Poesias

DO TEMPO

Tempo,
colhe de cada dia
os grãos plantados
e não vividos
e dá de comer ao futuro.

Tempo,
tem piedade de mim...
de tua árvore
- que permanecerá viva –
tombarei como um fruto podre
e darei lugar aos sonhos
mais altos de outros pássaros.

Tempo,
não tenho medo
de permanecer à espera,
só não me tires
o desespero de hoje
e a excitação do amanhã.

Tempo,
contra os quase mortos,
aos que não sabem viver,
aos resignados...
os próprios fantasmas
assustam em vão.


08/02/2011

 

 

Site da Rede Artistas Gaúchos desenvolvido por wwsites